CINTRASEUPOVO-II

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

JESUS


JESUS

Jesus é a figura central do cristianismo.Para a maioria dos cristãos Jesus é Cristo, a encarnação de Deus e o "Filho de Deus", que teria sido enviado à Terra para salvar a humanidade. Acreditam que foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos e ressuscitou no terceiro dia (na Páscoa). Para os adeptos do islamismo, Jesus é conhecido no idioma árabe como Isa (عيسى, transl. Īsā), Ibn Maryam ("Jesus, filho de Maria"). Os muçulmanos tratam-no como um grande profeta e aguardam seu retorno antes do Juízo Final. Alguns segmentos do judaísmo o consideram um profeta, outros um apóstata. Os quatro evangelhos canónicos são a principal fonte de informação sobre Jesus.

Embora tenha pregado apenas em regiões próximas de onde nasceu, a província romana da Judeia, sua influência difundiu-se enormemente ao longo dos séculos após a sua morte, ajudando a delinear o rumo da civilização ocidental.

Fontes textuais
A principal fonte sobre Jesus são os quatro evangelhos canónicos, a que se somam outras fontes cristãs, como os evangelhos apócrifos, e um número escasso de fontes não-cristãs. Estas fontes providenciam poucas informações sobre o Jesus histórico.
Três dos evangelhos canónicos (Mateus, Marcos e Lucas) são conhecidos como sinópticos devido às suas semelhanças. Embora Mateus apareça em primeiro lugar no Novo testamento, acredita-se actualmente que Marcos foi o primeiro a ser escrito. Enquanto que Mateus dirige-se a uma audiência judaica, e Lucas aos gentios, ambos parecem ter usado Marcos como fonte, possivelmente numa versão inicial. João, por seu lado, "é uma produção independente, apresentando os dizeres de Jesus Cristo na forma de discursos que difere do que contam os outros três".

De acordo com alguns historiadores, estes textos foram escritos entre setenta a cem anos após a morte de Cristo. Eles recontam em pormenores a vida pública de Jesus, ou seja, o período de pregações nos últimos anos da sua vida. No entanto, há limitadas informações sobre sua vida privada. Representam os principais documentos em que convergem os trabalhos hermenêuticos dos historiadores. Na atualidade, diversas escolas com diferentes pontos de vista sobre a confiabilidade dos evangelhos e a historicidade de Jesus têm se desenvolvido.

O PAI NATAL



O Pai Natal é associado à ideia de um homem já com uma certa idade, gorducho, de faces rosadas, com uma grande barba branca, que veste um fato vermelho e que conduz um trenó puxado por renas que conseguem voar mesmo não tendo asas. Segundo a lenda, na noite de Natal este simpático senhor visita todas as casas, desce pela chaminé e deixa presentes a todas as crianças que se comportaram bem durante todo o ano. 
A personagem do Pai Natal baseia-se em S. Nicolau e a ideia de um velhinho de barba branca num trenó puxado por renas (o mesmo transporte que é usado na Escandinávia) foi introduzida por Clement Clark More, um ministro episcopal, num poema intitulado de "An account of a visit from Saint Nicolas" (tradução: Um relato da visita de S. Nicolau) que começava de seguinte modo “'The night before Christmas” (que em português significa "Na noite antes do Natal"), em 1822.
More escreveu este poema para as suas filhas e hesitou em publicá-lo porque achou que dava uma imagem frívola do Pai Natal. Contudo, uma senhora, Harriet Butler, teve acesso ao poema através do filho de More e decidiu levá-lo ao editor do jornal Troy Sentinel, em Nova Iorque, o qual publicou o poema no Natal do ano seguinte em 1823. A partir daí, vários jornais e revistas publicaram o poema, mas sempre sem se mencionar o seu autor. Só em 1844, é que More reclamou a autoria do poema!

O primeiro desenho que retratava a figura do Pai Natal tal como hoje o conhecemos foi feito por Thomas Nast, um cartonista americano, e foi publicado no semanário “Harper’s Weekly”no ano de 1866. Assim a criação da imagem actual do Pai Natal não é da autoria da Coca-Cola, como muitos pensam.
As raízes da história do Pai Natal remontam ao folclore europeu e influenciaram as celebrações do Natal por todo o mundo.
A figura do Pai Natal, baseia-se em S. Nicolau, padroeiro da Rússia, da Grécia, dos marinheiros e das crianças.
A única coisa que se sabe com certeza sobre a vida de S. Nicolau é que este foi bispo de Mira na Lícia, que se situa no sudoeste da Ásia Menor, no século IV d.C.


Antes de estar relacionado com as tradições e lendas de Natal, S. Nicolau era conhecido por salvar marinheiros das tempestades, defender crianças e por oferecer generosos presentes aos mais pobres.
Pode-se duvidar da autenticidade de muitas das histórias relacionadas com S. Nicolau, mas mesmo assim a lenda espalhou-se por toda a Europa e a sua figura ficou associada a um distribuidor de presentes. Os símbolos de S. Nicolau são três bolas de ouro. Diz a lenda que numa ocasião ele salvou da prostituição três filhas de um homem pobre ao oferecer-lhes, em três ocasiões diferentes, um saco de ouro; uma outra lenda é que depois da sua morte salvou três oficiais da morte aparecendo-lhes, para isso, em sonhos.


O dia de S. Nicolau era originalmente celebrado no dia 6 de Dezembro, sendo este o dia em que se recebiam os presentes. Contudo, depois da reforma, os protestantes germânicos decidiram dar especial atenção a ChristKindl, ou seja, ao Menino Jesus, transformando-o no “distribuidor” de presentes e transferindo a entrega de presentes para a Sua festa a 25 de Dezembro. Quando a tradição de S. Nicolau prevaleceu, esta ficou colocada no próprio dia de Natal. Assim, o dia 25 de Dezembro passou a englobar o Natal e o dia de S. Nicolau. Contudo, em 1969, devido à vida do santo estar escassamente documentada, o Papa Paulo VI ordenou que a festa de S. Nicolau fosse retirada do Calendário Oficial Católico Romano.
Mesmo assim, todos os anos, na época de Natal, em muitas partes do mundo, anúncios, cartões de boas festas, decorações sazonais e a presença de pessoas vestidas de Pai Natal documentam a moderna lenda do Santa Claus (contracção de Santus Nicholaus). Crianças de todo o Mundo escrevem cartas ao Pai Natal, nas quais dizem quais são os seus desejos, e, na noite de Natal, algumas deixam-lhe comida e bebida para uma rápida merenda.

A  HISTÓRIA  DO  NATAL

Origens Pagãs
Quando buscamos a verdadeira história do Natal, acabamos diante de rituais e deuses pagãos. Sabemos que Jesus Cristo foi colocado numa festa que nada tinha haver com Ele. O verdadeiro simbolismo de Natal oculta transcendentes mistérios. Esta festividade tem sua origem fixada no paganismo. Era um dia consagrado à celebração do “Sol Invicto”. O Sol tem sua representação no deus greco-romano Apolo e, seus equivalentes entre outros povos pagãos são diversos: Ra, o deus egípcio, Utudos na Babilônia, Surya da Índia e também Baal e Mitra.

Mitra era muito apreciado pelos romanos, seus rituais eram apenas homens que participavam. Era uma religião de iniciação secreta, semelhante aos existes na Maçonaria. Aureliano (227-275 d.C), Imperador da Roma, estabeleceu no ano de 273 d.C., o dia do nascimento do Sol em 25 de dezembro “Natalis Solis Invcti”, que significava o nascimento do Sol invencível. Todo O Império passou a comemorar neste dia o nascimento de Mitra-Menino, Deus Indo-Persa da Luz, que também foi visitado por magos que lhe ofertaram mirra, incenso e ouro. Era também nesta noite o início do Solstício de Inverno, segundo o Calendário Juliano, que seguia a “Saturnalia” (17 a 24 de dezembro), festa em homenagem à Saturno. Era portanto, solenizado o dia mais curto do ano no Hemisfério Norte e o nascimento de um Novo Sol. Este fenômeno astronômico é exatamente o oposto em nosso Hemisfério Sul.

Estas festividades pagãs estavam muito arraigadas nos costumes populares desde os tempos imemoráveis para serem suprimidas com a advento do Cristianismo, incluso como religião oficial por Decreto por Constantino (317-337 d.C), então Imperador de Roma. Como antigo adorador do Sol, sua influência foi configurada quando ele fez do dia 25 de dezembro uma Festa Cristã. Ele transformou as celebrações de homenagens à Mitra, Baal, Apolo e outros deuses, na festa de nascimento de Jesus Cristo. Uma forma de sincretismo religioso. Assim, rituais, crenças, costumes e mitos pagãos passam a ser patrimônio da “Nova Fé”, convertendo-se deuses locais em santos, virgens em anjos e transformando ancestrais santuários em Igrejas de culto cristão. Deve-se levar em consideração que o universo romano foi educado com os costumes pagãos, portanto não poderia ocorrer nada diferente.
Todavia, o povo cristão do Oriente, adaptou esta celebração para 6 de janeiro, possivelmente por uma reminiscência pagã também, pois esta é a data da aparição de Osíris entre os egípcios e de Dionísio entre os gregos.

Jesus, o “Filho do Sol”

No quociente Mitraísmo/Cristianismo se observa surpreendentes analogias. Mitra era o mediador entre Deus e os homens. Assegurava salvação mediante sacrifício. Seu culto compreendia batismo, comunhão e sacerdotes. A Igreja Católica Romana, simplesmente “paganizou” Jesus. Modificou-se somente o significado, mantendo-se idêntico o culto. Cristo, substituiu Mitra, o “Filho do Sol”, constituindo assim um “Mito” solar equivalente, circundado por 12 Apóstolos. Aliás, curiosa e sugestivamente, 12 (n. de apóstolos), coincide com o número de constelações. Complementando as analogias astronômicas: a estrela de Belém seria a conjunção de Júpiter com Saturno na constelação do ano 7 a.C, com aparência de uma grande estrela.

Nova Ordem
Uma nova ordem foi estabelecida quando o decreto de Constantino oficializa o Cristianismo. Logo, livres de toda opressão, os que então eram perseguidos se convertem em perseguidores. Todos os pagãos que se atrevessem a se opor as doutrinas da Igreja Oficial eram tidos como hereges e dignos de severo castigo.

Culto às “Mães Virgens”
No Antigo Egito, sempre existiu a crença de que o filho de Ísis (Rainha dos Céus), nasceu precisamente em 25 de dezembro. Ísis algumas vezes é “Mãe”, outras vezes é “Virgem” que é fecundada de maneira sobrenatural e engravida do “Deus Filho”.

Tal culto à “Virgem” é encontrado entre os Celtas, cujo a civilização, os druídas (sacerdotes), praticam o culto baseado em um “Deus Único”, “Una Trindade”, a ressurreição, a imortalidade da alma e uma divindade feminina: uma “Deusa-Mãe”, uma “Terra-Mãe” e uma “Deusa Terra” também virgem, que se destinava a dar à luz a um “Filho de Deus”.

Este culto as “Deusas Virgens-Mães” está reiterado em muitas religiões e mitologias, inclusive civilizações pré-colombianas, como em numerosas mitologias africanas e em todas as seitas iniciáticas orientais.
A reconfortante imagem do arquétipo “MÃE” é primordial para existência humana. Este arquétipo pode assumir diversas formas: deusas, uma mãe gentil, uma avó ou uma igreja. Associadas a essas imagens surgem a solicitude e simpatia maternas, o crescimento, a nutrição e a fertilidade.

Culto ao “Deus-Herói”
Como afirmei, a concepção de uma “Rainha dos Céus” que dá à luz a um “Menino-Deus” e “Salvador” corresponde a um arquétipo básico do psiquismo humano e tem sua origem nos fenômenos astronômicos. Enviado por um “Ser Supremo”, que é o PAI, o FILHO assume suprimindo o PAI, como acontece em todas as sagas gregas, indo-européias e diversas culturas. Coincidentemente, existe um padrão constante que quase sempre expressa o mesmo propósito: fazer do FILHO um HERÓI, que cumpre o mandato do PAI, sucedendo-o. Este HERÓI se faz causa de um ideal primeiro que se move ao longo da História como MODELADOR de uma cultura.
A versão do nascimento e infância de Jesus é uma repetição da história de muitos outros Salvadores e Deuses da humanidade. Ilustra bem a figura do “Arquétipo Herói”, comuns em qualquer cultura e que seguem sempre a mesma fórmula. Nascidos em circunstâncias misteriosas, logo exibe força ou capacidade de super-homem, triunfa na luta contra o mal e, quase sempre, morre algum tempo depois.
Este arquétipo reflete o tipo de amadurecimento sugerido pelos mitos: nos alerta para ficarmos atentos as nossas forças e fraquezas internas e nos aponta o conhecimento como caminho para se desenvolver uma personalidade saudável.

“Anexo a nossa consciência imediata”, escreveu Carl Jung, “existe um segundo sistema psíquico de natureza coletiva, universal e impessoal, que se revela idêntico em todos os indivíduos”. Povoando este inconsciente coletivo, afirmava, havia o que chamava de “arquétipos”, imagens primordiais ou símbolos, impressos na psique desde o começo dos tempos e, a partir de então, transmitidos à humanidade inteira. A MÃE, o PAI e o HERÓI com seus temas associados, são exemplos de tais arquétipos, representados em mitos, histórias e sonhos.

Eis que nasce Papai Noel
Com o passar do tempo, de gerações que foram sucedendo-se, veio o esquecimento e nem Mitra, nem Apolo ou Baal faziam mais parte do panteão de algum povo. Acabou restando somente símbolos: a árvore, a guirlanda, as velas, os sinos e os enfeites. Até que no séc. IV, mais exatamente no ano de 371, uma nova estrela brilha em nosso céu e na Terra nasce Nicolau de Bari ou Nicolau de Mira. A generosidade a ele atribuída granjeou-lhe s reputação de mágico milagreiro e distribuidor de presentes. Filho de família abastada, doou seus bens para os pobres e desamparados. Entretanto, tecia um grande amor pelas crianças e foi através delas que sua lenda se popularizou e que Nicolau acabou canonizado no coração de todas as pessoas.

No fim da Idade Média, ainda “espiritualmente vivo”, sua história alcançou os colonos holandeses da América do Norte onde o “bom velhinho” toma o nome de “Santa Claus”. Ao atravessar os Portais do Admirável Mundo, muito sobre o que ele foi escrito lhe rendeu vários apelidos, como: “Sanct Merr Cholas”, “Sinter Claes” ou “Sint Nocoloses”, e é considerado sempre como padroeiro das crianças.

O Papai Noel Ocidental

Até aproximadamente 65 anos atrás o Papai Noel era, literalmente, uma figura de muitas dimensões. Na pintura de vários artistas ele era caracterizado ora como um “elfo”, ora como um “duende”. O Noel-gnomo era gorducho e alegre, além de ter cabelos e barbas brancas.

No final do século XIX, Papai Noel já era capa de revistas, livros e jornais, aparecendo em propagandas do mundo todo. Cartões de Natal o retrataram vestido de vermelho, talvez para acentuar o “espírito de natal”. A partir daí o personagem Papai Noel foi adquirindo várias nuances até que em 1931 a The Coca-Cola Company, contrata um artista e transforma Papai Noel numa figura totalmente humana e universalizada. Sua imagem foi definitivamente adotada como o principal símbolo do Natal.

A imagem do Noel continuou evoluindo com o passar dos anos e muitos países contribuíram para sua aparência atual. O trenó e as renas acredita-se que sejam originárias da Escandinávia. Outros países de clima frio adicionaram as peles e modificaram sua vestimenta e atribuíram seu endereço como sendo o Pólo Norte. A imagem da chaminé por onde o Papai Noel escorrega para deixar os presentes vieram da Holanda.

Hoje, com bem mais de 1700 anos de idade, continua mais vivo e presente do que nunca. Alcançou a passarela da fama e as telas da tecnologia. Hoje o vemos em filmes, shoppings, cinemas, no estacionamento e na rua. Ao longo desses dezessete séculos de existência, mudou várias vezes de nome, trocou inúmeras de roupa, de idioma e hábitos, mas permaneceu sempre a mesma pessoa caridosa e devotada às suas crianças. E, embora diversas vezes acusado de representar um veículo que deu origem ao crescente consumismo das Festas Natalinas, é preciso reconhecer que ele encerra valores que despertam, revivem e fortalecem os nossos sentimentos mais profundos. Sua bondade é tão contagiante que atinge tipo “flecha de cupido”, qualquer pessoa, independente de crença ou raça, o que evidencia a sua magia e seu grande poder de penetração no mundo.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

TRAJAR DA NAZARENA


TRAJO DE  SENHORA

O traje da mulher nazarena é notável pela sua beleza e harmonia. De trabalho ou de festa, o traje reflecte não só a forte personalidade das nazarenas, mas adapta-se também à sua lida diária – amanho, venda e seca de peixe. É por isso prático, funcional e protector do frio e da maresia, permitindo-lhes movimentos desembaraçados, mas mantendo-as sempre compostas.
No traje de trabalho as mulheres usam saia de baixo branca, por cima desta 2 ou 3 saias de flanela colorida caseadas a lã; algibeira; saia de cima de caxemira ou terilene ; avental de “riscado”, de cor escura e com bolsos; casaco ou blusa simples; cachené; xaile traçado e chinelas ou descalças.
É, no entanto, em dias de festa e dias santos que a nazarena mostra toda a sua graciosidade e elegância, bem como a riqueza da família. Usa saia de baixo branca, por cima várias saias de tecido claro debruadas a crochet de várias cores (as famosas 7 saias ), cobrindo-as a saia de cima de escocês, de caxemira ou terilene plissada ou de chita azul com barra de veludo preto; rematando o conjunto, o avental de cetim artisticamente bordado (a cheio, a matiz, a “richelieu” ou ponto de cruz); blusa florida com mangas de renda ou casaco de veludo bordado na gola e nos punhos; cachené (lenço); capa preta; chinelas de verniz; cordão e brincos à rainha ou argolas de ouro. A nazarena mostra, assim, através do traje e com orgulho, a riqueza da família.

Menos conhecido por ser cada vez mais raro, é o traje das viúvas. Todo em preto, sem rendas ou bordados, sendo as saias de baixo cinzentas. Actualmente só as mulheres mais idosas continuam a usar este traje.

O traje nazareno feminino continua a ser usado no dia a dia pelas mulheres de mais idade, sobretudo as mais ligadas ao mar e à venda de peixe. O traje de festa é normalmente usado por todas na época do Carnaval (de 3 de Fevereiro – S. Brás – até 3ª feira de Carnaval ), Domingo de Páscoa e também pelos Ranchos Folclóricos da Nazaré.

É importante salientar que o traje nazareno feminino não parou no tempo, nem se tornou uma peça museológica; pelo contrário, tem acompanhado as variações da moda – saias mais curtas ou mais compridas; novos tecidos, cores e padrões. É um traje que renasce cada ano, tornando a nazarena única entre as demais.


TRAJO DE HOMEM

O traje do pescador era adaptado às condições da vida marítima, oferecendo liberdade de movimentos, sendo simultaneamente leve e agasalhador.
Os tecidos mais comuns para a confecção das camisetas e ceroulas que usavam, eram o escocês, a caxemira axadrezada e o surrobeco. Para completar o traje usavam barrete preto de lã e cinta preta enrolada à volta da cintura. No traje de trabalho, as ceroulas eram pregueadas e largas, com trenas de lã (atilhos) na bainha para poderem ser usadas justas, soltas ou arregaçadas, conforme as necessidades.

Em dias de frio usavam casaco de “retina”, de cores escuras, gola de bicos e bolsos chapados. Nem as ceroulas nem as camisas tinham bolsos e os objectos pessoais eram guardados no barrete. Normalmente o pescador andava descalço.

Nos dias de festa, o homem trocava as ceroulas por calças de surrobeco ajustadas atrás com presilha e fivela, vestia camisola de caxemira com preguinhas, pestanas e gola virada, decorada com três botões na diagonal e calçava tamancos (chocos). Como peças do agasalho e/ou luto, usavam a samarra, mas, sobretudo, o gabão ou varino.
Na voragem do tempo o traje masculino deixou de ser usado, sendo cada vez mais raro ver pescadores envergando as tradicionais ceroulas, camisas ou barrete. Apenas na época de Carnaval as denominadas “camisas à pescador” voltam a ser usadas. Actualmente são os grupos folclóricos da vila que nos dão a conhecer este traje.
De origem relativamente recente, a Nazaré “nasceu” do recuo do mar e do assoreamento progressivo da praia durante o século XVII, começando a ser conhecida e frequentada como praia de banhos apenas em meados do século XIX.

A população nazarena tem as suas raízes muito ligadas a outros marítimos como os Ílhavos e outros povos da Ria de Aveiro, que trouxeram com eles para a Nazaré não só novas artes de pesca, mas também o modo de vestir e até de falar. Ao longo dos anos essas novas maneiras foram aqui evoluindo, transformando-se e adaptando-se às necessidades da vida.

As sete saias fazem parte da tradição, do mito e das lendas desta terra tão intimamente ligada ao mar. Diz o povo que representam as sete virtudes; os sete dias da semana; as sete cores do arco-íris; as sete ondas do mar, entre outras atribuições bíblicas, míticas e mágicas que envolvem o número sete.

AS SETE SAIAS
A sua origem não é de simples explicação e a opinião dos estudiosos e conhecedores da matéria sobre o uso de sete saias não é coincidente nem conclusiva. No entanto, num ponto todos parecem estar de acordo: as várias saias (sete ou não) da mulher da Nazaré estão sempre relacionadas com a vida do mar. As nazarenas tinham o hábito de esperar os maridos e filhos, da volta da pesca, na praia, sentadas no areal, passando aí muitas horas de vigília. Usavam as várias saias para se cobrirem, as de cima para protegerem a cabeça e ombros do frio e da maresia e as restantes a taparem as pernas, estando desse modo sempre “compostas”.

A introdução do uso das sete saias foi feito, segundo uns, pelo Rancho Folclórico Tá-mar nos anos 30/40, segundo outros pelo comércio local no anos 50/60 e ainda de acordo com outras opiniões as mulheres usariam sete saias para as ajudar a contar as ondas do mar (isto porque “ o barco só encalhava quando viesse raso, ora as mulheres sabiam que de sete em sete ondas alterosas o mar acalmava; para não se enganarem nas contas elas desfiavam as saias e quando chegavam à última, vinha o raso e o barco encalhava”).

O uso de várias saias pelas mulheres da Nazaré também está ligada a razões estéticas e de beleza e harmonia das linhas femininas – cintura fina e ancas arredondadas, (esta poderá ser também uma reminiscência do traje feminino de setecentos que as damas da corte usavam - anquinhas e mangas de renda - e que pavoneavam aquando das visitas ao Santuário da Senhora da Nazaré), podendo as mulheres usarem 7, 8, 9 ou mais saias de acordo com a sua própria silhueta. Certo é que a mulher foi adoptando o uso das sete saias nos dias de festa e a tradição começou e continua até ao presente. No entanto, no traje de trabalho são usadas, normalmente, um menor número de saias (3 a 5).  
ISTO SÃO AS TAIS  MISTURAS  DO FOLCLORE

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

HISTÓRIA DOS CASTELOS PORTUGUESES

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SANTA MARIA DA FEIRA





A história dos castelos em Portugal inicia-se como é de prever numa época incerta, muito para alem do

nascer da nossa nacionalidade como país independente.
SINTRA
Os castelos existem em Portugal desde os Romanos e Árabes e mesmo de antes destes povos, retractando-se nos Castros, que tinham na sua génesis os mesmos motivos dos castelos.
CASTELO DOS MOUROS SINTRA
Já há mais de 2000 anos com a vinda dos povos Celtas para a Península Ibérica que aqui e ali, nos pontos mais preponderantes do ponto de vista da estratégia militar que foram sendo construídas fortificações








CASTELO DE ABRANTES

destinadas há defesa das populações e das próprias tribos dominantes da altura.








CASTELO GERMANELO

No entanto foi na Idade Média que o movimento de construção de castelos em Portugal adquiriu uma









CASTELO DE ALMADA

verdadeira importância estratégica para a defesa de uma terra  nascente que lutava contra vários inimigos que a açulavam vindos dos vários pontos cardeais.









CASTELO SÃO JORGE

Nesta Europa da Idade média em que o indicie civilízacional era nascente havia imensas lutas pela posse de terras tanto entre reis como mesmo entre os grandes senhores da terra, os senhores feudais que do seu

CASTELO ALANDROAL








altaneiro castelo medievo dominavam tudo um mundo em redor de muitos quilómetros. Assim era necessário
CASTELO DE ALENQUER









defender estas terras que muitos ambicionavam, e esta terra era, a futura terra portuguesa era atacada tantos pelos árabes a sul, como pelos reis da futura Espanha a Este e mesmo ao Norte pois estes não pretendiam dar autonomia ao Condado Portucalense. Do mar as ameaças eram os corsários, Germânicos,
CASTELO DE AMIEIRA










Gregos, Vinkings, Berberes, Normandos, todo um manancial de povos que pretendia não só as riquezas existentes mas também fazer de escravos os povos da terra.

CASTELO DE MONSARAZ









A origem dos castelos portugueses perde-se portanto na noite dos tempos e representam todo um símbolo, todo um povo. No fundo toda uma nação que orgulhosa do seu passado se prepara para o futuro como parte activa dele.

CASTELO VILA NOVA MIL FONTES

Com o nascer da nacionalidade já todo o norte de Portugal era "povoado" por numerosos castelos; uns como centro de defesa das principais povoações, outros construídos em quase inacessíveis cabeços, em pontos estratégicos do ponto de vista da defesa geral da nação nascente.
CASTELO BELVER
A necessidade crescente de defender um território em constante crescimento levou a que fossem construídos cada vez mais castelos do Norte para o Sul, juntando assim novas e belas construções ás que existindo eram conquistadas aos Mouros em retirada.
Em regra um castelo é uma edificação complexa, construída tendo por ponto predominante uma torre central, a chamada Torre de Menagem, em volta da qual se estendia um terreiro maior ou menor, tendo casas de habitação e arrecadações, tudo cercado por uma linha de muralhas, de paredes muitíssimo grossas e cujo










CASTELO DE BODE
traçado dependia da configuração do terreno que geralmente era muito acidentado tendo em atenção que os castelos geralmente eram construídos em locais o mais inacessíveis possível.

CASTELO DE PAIVA








Estas grossas muralhas tinham sobre si um corredor (o Adarve) que era defendido por um parapeito coroado de Ameias ou cortado por Seteiras. O acesso a este corredor, era feito por escadarias de grandes pedras incrustadas na própria estrutura da muralha.

CASTELO DE POMBAL
Estas muralhas sempre construções muito sólidas e de dificílimo assalto tinham pelo menos duas portas que se abriam para o exterior, uma ampla, sendo a principal e outra tradicionalmente chamada Porta de Traição.








CASTELO DE VIDE
geralmente menor e de fácil defesa. Esta porta era posta num sítio dissimulado, num ponto escondido das muralhas e tanto quanto possível afastada da porta principal. Esta porta era muito importante para os casos de fuga ou então para os castelos que tinham por









obrigação a defesa de um determinado










povoado. Muitas vezes o povoado estava a ser atacado justamente com o castelo e saiam por esta porta uma guarnição que pondo-se por traz das linhas inimigas conseguiam por estas em fuga libertando assim o castelos e o povoado sitiado.

A espaços, e pelo menos aos lados da porta principal erguiam-se Torreões cobertos de ameias com









objectivos defensivos.
Dependendo do castelo havia geralmente uma outra linha da muralhas, as chamadas muralhas exteriores, representando estas a primeira linha de defesa. Estas muralhas exteriores dão pelo nome de Barbacã.
CASTELO DE PORTEL

Dominando todo este conjunto, existe a Torre de Menagem mole quadrangolar de paredes muito grossas, rasgadas de onde em onde por estreitas frestas que deixavam passar uma luz difusa para os aposentos interiores e que dificultava a entrada de qualquer objecto que pudesse ser enviado do exterior.

TORRE DE BRAGANÇA
Na Torre de Menagem a porta não era ao nível do solo, mas no primeiro andar ou acima. O acesso era feito por uma escada volante, de madeira ou por uma ponte igualmente de madeira sendo assim fácil de tirar em caso de necessidade isolando a Torre do resto do castelo em caso de necessidade.
CASTELO DE PORTUZELO
Um terraço dotado de parapeito ameado, completa esta capital peça do castelo.









Sobre o Adarve (corredor) das muralhas vigiavam as sentinelas em tempo de guerra ou de perturbações.
CASTELO DE LOUSÃ

Ao pressentir-se um ataque a guarnição vinha pôr-se nessa linha de defesa do castelo, tanto nas muralhas exteriores como nas interiores de onde defendia o castelos com as armas de então.
Se porem o inimigo conseguia transpor as muralhas a torre de menagem era o último refugio existente. Içada a escada volante ou tirada a ponte os defensores ficavam isolados e podiam resistir enquanto tivessem munições e meios de subsistência ou então esperar que chegassem reforços em defesa do castelo sitiado.









CABO DE   SAGRES
No caso de absoluta desesperança os restos da guarnição do castelo podiam salvar-se fugindo pela chamada porta de traição.

CASTELO ALMOUROL
A suprema autoridade era exercida no castelo pelo Alcaide-mor nomeado pelo Rei ou por um chefe de Ordem Monástica ou Militar a quem a Coroa tivesse cedido esse direito.








PENEDA  GERÊS
Um Castelo e dependendo do seu tipo ou origem, pois havia-os exclusivamente militares, mas também militares e de moradia, era o mais auto-suficiente possível sendo esta uma das caraqueteristícas da idade









CASTELO DE LEIRIA

média. Quanto mais auto-suficiente era o castelo mais possibilidades tinha em resistir a um cerco inflingido pelo inimigo.










CASTELO DE PINHEL

No geral os castelos militares deviam ser abastecidos pelas populações dos lugares que defendiam. No entanto outros havia em que a sua existência se seguia de geração em geração por herança senhorial e assim









CASTELO DE GUIMARÃES
estes castelos do tipo senhorial eram os mais auto-suficientes possível indo desde os alimentos até a água que era armazenada a partir da chuva em grandes cisternas incrustadas nas muralhas do próprio castelo.









CASTELO DE SESIMBRA
A aparência dos castelos modificou-se muito ao longo dos tempos. Se a principio eles pareciam rudes foram sofrendo uma evolução artística sendo o seu expoente máximo a época Manuelino.
CASTELO PENEDORO

Mais tarde voltaram ao seu aspecto rude de









fortificações essencialmente militares.
O tempo e a incúria do homem fizeram cair em ruínas muitos dos castelos portugueses. De vários as pedras
CASTELO DE BRAGANÇA

foram arrancadas para a construção de outros edifícios, para levantamento de muros e até, e vergonhosamente para a pavimentação de ruas.









CASTELO DE MARVÃO
CASTELO MONTALEGRE

Resta a tradição no hálo da lenda e da poesia que se levanta dessas emagrecidas ruínas,









CASTELO CASTRO LABOREIRO

a história nacional persiste nelas, na evocação de sublimes histórias de heroísmos, de sacrifícios e glórias.








CASTELO  BRAGA